quarta-feira, 27 de março de 2013

25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987

FUTURO

  Em 1987 a direcção definiu como tarefas prioritárias as comemorações condignas dos 25 anos da colectividade e a reorganização administrativa.
O futuro passará pela colaboração de todos os associados, pois a União Recreativa do Cadafaz será aquilo que os seus associados quiserem.
Um trágico acidente não permitiu que o jovem Pedro Monteiro levasse por diante o seu projecto de organizar e enquadrar a juventude cadafazense nas tarefas de rejuvenescimento e modernização da colectividade e do regionalismo, no entanto a semente foi lançada, a recente constituição do Departamento Jovem é já fruto deste espírito de mudança e o futuro está a passar por aqui…

União Recreativa do Cadafaz, 25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987, Lisboa, 1987

terça-feira, 19 de março de 2013

25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987

 1983 – 1986

    O Carlos Manuel Martins é de novo convidado e eleito para o lugar de presidente da direcção.
  Sem um grande projecto capaz de catalisar a massa associativa, com limitada capacidade financeira, confrontada com uma situação social de austeridade que afecta as realizações tradicionais da colectividade vocacionadas para a angariação de fundos, esta direcção procura os métodos de trabalho adequados ao seu espaço de intervenção, no entanto e apesar de reunir um conjunto de elementos de elevada capacidade, não retira daí os dividendos esperados, as suas vidas profissionais e académicas dificultam a tarefa, pois as questões associativas exigem muito tempo em trabalhos preparatórios e disponibilidades para a sua execução.
  As tentativas de organizar excursões deparam com o alheamento da colónia cadafazense, a participação dos associados nos piqueniques e almoços de aniversário desce aos níveis mais baixos, desencorajando os directores.
  A colectividade procura junto das autarquias locais a resposta aos anseios da população: limpeza do depósito de água, alargamento do Largo de Stº António, electrificação da zona urbana da estrada da Candosa, alcatroamento do Cruzeiro até aos Portos e rua da escola, casa da professora. A Câmara Municipal executa alguns trabalhos e inclui no plano de actividades outros, a Junta de Freguesia procede à abertura e beneficiação de caminhos e colabora na execução de algumas das obras.
  A direcção procura adquirir um imóvel de características tradicionais para instalação de um futuro museu, recebe a oferta de uma casa do Sr. José Henriques de Almeida, mas o projecto não encontra eco entre os cadafazenses, refira-se que algumas das pessoas contactadas para a venda de imóveis pedem valores extremamente elevados, apesar dos edifícios apresentarem sintomas de degradação.

  O moinho eléctrico, melhoramento que tanta canseira deu aos seus promotores, coloca problemas de gestão financeiras, pois os hábitos da população alteram-se de forma significativa, são já poucos os que recorrem à broa, agora que tem melhor poder de compra e o pão de trigo é posto à sua disposição diariamente, assim à medida que decresce a procura do serviço, cresce significativamente a taxa de contador e os valores dos consumos de electricidade. A direcção da União desencadeia um conjunto de acções junto da EDP, da Câmara Municipal e Assembleia Municipal, mas vê gorada a possibilidade de atenuar tal situação. O resultado é o maior desânimo na equipa directiva.
  A União promove uma reunião com as colectividades da freguesia na perspectiva de retomar a realização de uma festa convívio entre todos, no entanto a falta de hábito de um trabalho inter-colectividades cedo deixou claro a dificuldade em ultrapassar as questões levantadas, as quais no essencial deixavam visível que a maioria das colectividades estava com reduzida capacidade organizativa e sem meios humanos para avançar em actividades mais arrojadas.
  Em finais de 1984 o presidente da União desenvolve intensa actividade junto do Conselho Regional da Casa do Conselho de Góis e é eleito para a Comissão de Estudo dos Transportes Rodoviários do Concelho de Góis e mais tarde para a Comissão Promotora da Semana Cultural e Recreativa do Concelho de Góis que vai constituir um assinalável êxito nos anos 1985 e 1986, prestigiando o Cadafaz e a colectividade.
  Estas iniciativas têm o mérito de contar com uma ampla participação de jovens goienses e de alguns cadafazenses que colaborando directamente com o coordenador da Semana Cultural acabam por encontrar motivação para um maior empenhamento no regionalismo.
  As dificuldades de organização interna fazem com que em 1986 e de 1987 não se realize o tradicional piquenique em Lisboa, apenas tendo lugar o almoço de aniversário e ainda assim com reduzida participação.
  À falta de dinâmica da direcção veio juntar-se o facto das obras de beneficiação da Casa do Concelho de Góis se arrastarem durante mais de 1 ano, o que impossibilitou a realização de uma Assembleia Geral que se vinha impondo. Tal situação apresenta aspectos negativos para a colectividade, no entanto levou os cadafazenses a repensar o seu posicionamento face à União e fez despontar o bairrismo e orgulho de alguns dos melhores e mais dedicados elementos da causa regionalista na colectividade, no seu passado de glória e prestígio. Mesmo assim, foi reduzida a participação da Assembleia Geral realizada em 1987, na qual pela 1ª vez a colectividade esteve na eminência de um vazio directivo, face à ausência da lista de candidatos aos seus Corpos Gerentes, no entanto, a compreensão de uns, o espírito de sacrifício de outros, e a consciência colectiva de amor ao Cadafaz e à União Recreativa do Cadafaz, permitiu a constituição e eleição de uma equipa directiva, que tem o grande mérito de ser constituída por pessoas verdadeiramente empenhadas em colaborar nas tarefas do desenvolvimento e engrandecimento do Cadafaz.

União Recreativa do Cadafaz, 25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987, Lisboa, 1987

quarta-feira, 13 de março de 2013

25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987

 1981 – 1982

  O início da vida profissional e o cansaço de oito anos de vida associativa levaram o presidente a solicitar a sua substituição. A presidência é assumida pelo Sr. José Henriques de Almeida, homem que esteve ligado à criação da colectividade e que se vinha revelando um grande colaborador nas iniciativas da União.
  A Casa de Recreio, em resultado da desarticulação da delegação em Cadafaz e da Comissão de Dinamização Recreativa e Desportiva vê reduzida a sua utilização e entra em acelerada degradação, pelo que a direcção promove obras de beneficiação, construindo os balneários, substituição dos caixilhos das janelas, instalação de água, beneficiação do soalho, reboco e pintura interior e exterior.
  A iniciativa do Armindo Neves e do Casimiro Vicente, marca as realizações promovidas em Cadafaz, por sua dinamização é constituído um grupo folclórico que vem a ser integrado na União sob a designação de Rancho Folclórico da União Recreativa do Cadafaz. Este acontecimento traz de novo alento e há um incremento de participação, visível no piquenique em Lisboa e no almoço de aniversário da União.
  A perspectiva de retornar às origens, depois de muitos anos de vida profissional em Lisboa, leva o presidente a formular a vontade de deixar o cargo.

União Recreativa do Cadafaz, 25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987, Lisboa, 1987

segunda-feira, 4 de março de 2013

Informações aos sócios

Informamos que as resoluções aprovadas na Assembleia Geral do passado dia 10 de fevereiro foram as seguintes:
- Relatórios e Contas: foi constituído uma comissão interna extraordinária para elaboração do documento final com os seguintes elementos do Conselho Fiscal: Presidente e secretário; da Direção: 1º secretário e Tesoureiro.   
- Alteração do valor da quota mensal, passando a ser de 0,50 € mensais ou seja 6 € anuais.
- Aceitação da Casa do Convívio para património da União Recreativa do Cadafaz.
- Aprovação do plano de Atividade culturais para o Ano 2013.
- Convite aos sócios para a criação de um novo logotipo.
              
Esta Direção informa que se a sua quota tinha um valor abaixo deste valor fica automaticamente atualizada, se já tinha um valor superior este mantém-se.
Poderá pagar a sua quota das seguintes formas:
- Transferência bancária, NIB 0035 0396 00088116732 30 da Caixa Geral de Depósito.
- Numa agência da Caixa Geral de Depósito para a conta nº0396088116732 da Agência de Góis.
- Junto de algum elemento da Direção.
Para transferências e depósitos na conta agradecemos que nos envie por e-mail ou de outra maneira o comprovativo do pagamento ou mencione o seu nome para podermos enviar o respetivo recibo.
               
Plano de Atividades culturais para o Ano 2013:


sexta-feira, 1 de março de 2013

25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987

 1979 -1980

 Com as obras dos arruamentos na sua fase final e perante a impossibilidade de continuação na direcção da União do seu presidente, vem a ser eleito para o lugar o vice-presidente – Engº Carlos Manuel Martins, elemento que tinha presidido durante alguns anos a Secção Juvenil e que estava integrado das actividades em curso.
  Concluíram-se as obras da 1ª fase de Beneficiação dos Arruamentos, foi elaborado um projecto para a 2ª fase e solicitada a sua aprovação e comparticipação através da Direcção-Geral do Equipamento Rural e Urbano.
  Entretanto a institucionalização do Poder Local é regulamentada, são atribuídas verbas às autarquias através da Lei das Finanças Locais, são descentralizadas funções da Administração Central através de Lei das Atribuições e Competências e vive-se um período de redefinição de objectivos, por parte dos órgãos do Poder Local democraticamente eleitos e a uma componente de expectativa por parte das Direcções-Gerais e Ministérios no que diz respeito à definição clara das áreas de intervenção.
  É neste clima que a comparticipação da 2ª fase dos arruamentos vai sendo protelada, apesar dos contactos que são desenvolvidos com vista à obtenção da necessária verba para continuidade dos trabalhos.
  A Casa do Concelho de Góis atravessa um período menos bom, e muitas são as vezes em que não se podem realizar reuniões ou se ficam por uma conversa na leitaria da zona.
  Os jovens cadafazenses, membros da 2ª geração de oriundos da aldeia, vão sofrer as consequência da ausência de uma política coerente de desenvolvimento e à medida que constituem família são empurrados para a periferia de Lisboa, perdendo no essencial os contactos com a sua comunidade e encontrando outras solicitações e outras formas de participação na vida social, que resultaram das transformações operadas com o 25 de Abril - partidos políticos, sindicatos, comissões de trabalhadores, comissões de pais, autarcas.
  A divulgação das actividades da colectividade é negativa e manifestamente influenciada pela dispersão geográfica, pelo agravar dos custos das comunicações e pela manutenção de quotas em valores que a inflação tornou ridículos.
  A União, promove em Cadafaz a realização do almoço de convívio das Colectividades da Freguesia de Cadafaz, iniciativa que se desejava fosse organizada rotativamente por todas as colectividades, mas que apenas é seguida pela Comissão de Melhoramento da Cabreira no ano seguinte.


União Recreativa do Cadafaz, 25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987, Lisboa, 1987