sábado, 23 de fevereiro de 2013

25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987

1976 -1978

  Natural portanto que venha a ser o Engº Armindo Simões Nunes eleito para a presidência, dados os seus antecedentes associativos e o facto da sua qualidade de técnico dar garantias de um competente acompanhamento das obras de Beneficiação de Arruamento de Cadafaz.
  O processo veio a conhecer a sua fase derradeira como início dos trabalhos a decorrer em simultâneo com a renovação da Rede de Abastecimento de Água à povoação.

  As realizações de carácter tradicional, piquenique e almoço são mantidos, mas o entusiasmo dos cadafazenses vai arrefecendo, assistindo-se a um decréscimo de participação, a Secção Juvenil vê integrados nos Corpos Gerentes os seus elementos mais activos e perde capacidade de iniciativa, a Comissão de Dinamização Recreativa e Desportiva em Cadafaz que havia tido um bom conjunto de iniciativas, nomeadamente a construção de um Campo de Jogos, desagrega-se, a intensa vida profissional do presidente da direcção faz com que a actividade fique centrada nas obras dos arruamentos.


União Recreativa do Cadafaz, 25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987, Lisboa, 1987

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987

  1972 – 1975

 É num clima de grande entusiasmo, que em 1972 o associado António Baptista de Almeida assume a presidência, integrado num elenco directivo mais jovem, em que a possível falta de experiência no movimento regionalista, foi largamente compensada pelo entusiasmo e capacidade de iniciativa de quem deram mostras.
  Porém, cedo esta direcção se deparou com o primeiro revés; no cumprimento do serviço militar, o vice-presidente Armindo de Almeida Alves vem a ser vítima de um trágico e fatal acidente. A dedicação à colectividade, o conhecimento que detinha sobre os assuntos, aliados à sua juventude e inteligência tornavam-no um elemento preponderante na vida da União à qual estava ligado desde a fundação.
  O jovem Vitor Manuel Pimenta Gaspar, ocupa a vice-presidência e tem a tarefa de enquadrar os jovens do Cadafaz nos objectivos da colectividade.
  Em 1973 a juventude está organizada na Secção Juvenil e com a irreverência própria dos jovens vai promover actividades inéditas na tradição do movimento regionalista: o teatro, cinema, actividades desportivas (xadrez, damas, futebol, andebol e campismo) e avança na publicação de um Boletim Informativo – UNIDADE –, onde naturalmente proporcionam alguma polémica, pois os seus promotores eram jovens e alguns leitores menos sensíveis à compreensão destes fenómenos de conflitos de gerações.
  São os jovens da Secção Juvenil que na Casa da Comarca de Arganil promoveram reuniões entre as comissões de juventude das colectividades (Cadafaz, Colmeal, Cortes, Porto Castanheiro, Monte frio, Ribeira Celavisa, Roda Fundeira) com o objectivo de criar um órgão colegial que na altura se chegou a pensar ser a União da Juventude da Comarca de Arganil, estrutura que nunca viria a encontrar forma de materializar os seus objectivos mas que permitiu uma troca de experiências e nalguns casos de colaboração inter-colectividades que se revelaram positivas.
  Ao mesmo tempo a direcção reorganizava e modernizava todo o sistema administrativo e dava passos significativos no processo dos arruamentos.
  Promoveram-se obras tendentes a servir de apoio à realização do piquenique na Boiça, em Cadafaz.
  O 25 de Abril de 1974, e as transformações sociais e políticas que são operadas no país, criam um clima de euforia e de grande participação popular em todos os órgãos colectivos, manifestação que se reflecte também na União e no Cadafaz.


  No Cadafaz vem ser constituída uma Comissão de Moradores e por iniciativa dos mais jovens um movimento visando uma actividade promotora de acções desportivas e culturais. Este movimento nasce fora da área de intervenção da colectividade, no entanto a vontade de manter unidos os cadafazenses permitiu a sua integração nos órgãos da União sob a designação de Comissão de Dinamização Recreativa e Desportiva.
  O velho sonho dos cadafazenses e da colectividade da criação de uma Casa de Recreio vem a concretizar-se com a aquisição pela União da antiga Escola Primária de Cadafaz.
  Assiste-se a uma dinâmica extraordinária e a um grande incremento da actividade associativa; em Lisboa e Cadafaz o ritmo das realizações é intenso. A Casa de Recreio é equipada com uma aparelhagem, televisão, mesas, cadeiras, jogos.
  Os piqueniques, almoços e excursões contam sempre com elevada participação, resultado deste estado de espírito e também da melhoria significativa do poder económico das populações, face aos aumentos dos salários e das reformas.
  A União vem a suportar a comparticipação dos trabalhos de reforço do sistema de iluminação pública, processo que a colectividade havia desencadeado junto dos órgãos competentes.
  Criam-se novos objectivos: beneficiação da Casa de Recreio, acessos ao Moinho Eléctrico, alargamento do largo de Stº António.
  O desencadear das acções tendentes à beneficiação das instalações da Casa de Recreio, nomeadamente a construção de balneários, vem a estar na base de algumas incompreensões das quais resultou o afastamento dos órgãos sociais da colectividade do Sr. António Baptista de Almeida.
  O projecto de beneficiação de arruamentos de Cadafaz entretanto aprovado e comparticipado pela Administração Central e posta a Concurso Público a respectiva empreitada, coloca a necessidade de garantir a continuidade do trabalho, e de encontrar nova equipa directiva, face à recusa do seu presidente em assumir mais mandatos.

Acampamento na Boiça - Secção Juvenil

União Recreativa do Cadafaz, 25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987, Lisboa, 1987

sábado, 2 de fevereiro de 2013

25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987

 1970 -1971

  A continuidade directiva é garantida com a eleição de Guilherme dos Santos Simões Vicente para a presidência da colectividade. O facto de desde há alguns anos vir a desempenhar as funções de vice-presidente aliado ao grande bairrismo e dedicação deste cadafazense permitem avançar na concretização dos objectivos da colectividade: o moinho eléctrico e o processo de Beneficiação e Reparação de Arruamentos em Cadafaz.
  Portugal está num processo de alterações políticas, resultantes da morte do Prof. Oliveira Salazar e nomeação do Prof. Marcelo Caetano para Presidente do Conselho. O facto deste, ser oriundo da nossa região, ligado familiarmente ao Concelho de Góis, criou a esperança de melhores dias para as populações esquecidas da Beira-Serra. Mas as dificuldades continuaram, as obras continuaram a primar pela ausência, talvez os jogos de influências e conhecimentos tenham melhorado um pouco, talvez a obra dos arruamentos beneficie desta situação.
  A construção do moinho eléctrico vai avançar, mas pelo caminho ainda ficam reflexos das limitações políticas que se colocam às colectividades, pois chega a ter uma Assembleia Geral para se proceder a alterações aos Estatutos, pois os que vigoravam, foram pretexto para o Governo impedir a acção de carácter social, e vão manter-se durante muitos anos situações complicadas, como a titularidade do próprio património construído e instalado.
  Os jovens, sobretudo os filhos dos Corpos Gerentes, contagiados com o contacto que iam tendo dos assuntos da União, esboçavam vontade em participar nos destinos da colectividade.







União Recreativa do Cadafaz, 25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987, Lisboa, 1987