quarta-feira, 13 de março de 2013

25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987

 1981 – 1982

  O início da vida profissional e o cansaço de oito anos de vida associativa levaram o presidente a solicitar a sua substituição. A presidência é assumida pelo Sr. José Henriques de Almeida, homem que esteve ligado à criação da colectividade e que se vinha revelando um grande colaborador nas iniciativas da União.
  A Casa de Recreio, em resultado da desarticulação da delegação em Cadafaz e da Comissão de Dinamização Recreativa e Desportiva vê reduzida a sua utilização e entra em acelerada degradação, pelo que a direcção promove obras de beneficiação, construindo os balneários, substituição dos caixilhos das janelas, instalação de água, beneficiação do soalho, reboco e pintura interior e exterior.
  A iniciativa do Armindo Neves e do Casimiro Vicente, marca as realizações promovidas em Cadafaz, por sua dinamização é constituído um grupo folclórico que vem a ser integrado na União sob a designação de Rancho Folclórico da União Recreativa do Cadafaz. Este acontecimento traz de novo alento e há um incremento de participação, visível no piquenique em Lisboa e no almoço de aniversário da União.
  A perspectiva de retornar às origens, depois de muitos anos de vida profissional em Lisboa, leva o presidente a formular a vontade de deixar o cargo.

União Recreativa do Cadafaz, 25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987, Lisboa, 1987

segunda-feira, 4 de março de 2013

Informações aos sócios

Informamos que as resoluções aprovadas na Assembleia Geral do passado dia 10 de fevereiro foram as seguintes:
- Relatórios e Contas: foi constituído uma comissão interna extraordinária para elaboração do documento final com os seguintes elementos do Conselho Fiscal: Presidente e secretário; da Direção: 1º secretário e Tesoureiro.   
- Alteração do valor da quota mensal, passando a ser de 0,50 € mensais ou seja 6 € anuais.
- Aceitação da Casa do Convívio para património da União Recreativa do Cadafaz.
- Aprovação do plano de Atividade culturais para o Ano 2013.
- Convite aos sócios para a criação de um novo logotipo.
              
Esta Direção informa que se a sua quota tinha um valor abaixo deste valor fica automaticamente atualizada, se já tinha um valor superior este mantém-se.
Poderá pagar a sua quota das seguintes formas:
- Transferência bancária, NIB 0035 0396 00088116732 30 da Caixa Geral de Depósito.
- Numa agência da Caixa Geral de Depósito para a conta nº0396088116732 da Agência de Góis.
- Junto de algum elemento da Direção.
Para transferências e depósitos na conta agradecemos que nos envie por e-mail ou de outra maneira o comprovativo do pagamento ou mencione o seu nome para podermos enviar o respetivo recibo.
               
Plano de Atividades culturais para o Ano 2013:


sexta-feira, 1 de março de 2013

25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987

 1979 -1980

 Com as obras dos arruamentos na sua fase final e perante a impossibilidade de continuação na direcção da União do seu presidente, vem a ser eleito para o lugar o vice-presidente – Engº Carlos Manuel Martins, elemento que tinha presidido durante alguns anos a Secção Juvenil e que estava integrado das actividades em curso.
  Concluíram-se as obras da 1ª fase de Beneficiação dos Arruamentos, foi elaborado um projecto para a 2ª fase e solicitada a sua aprovação e comparticipação através da Direcção-Geral do Equipamento Rural e Urbano.
  Entretanto a institucionalização do Poder Local é regulamentada, são atribuídas verbas às autarquias através da Lei das Finanças Locais, são descentralizadas funções da Administração Central através de Lei das Atribuições e Competências e vive-se um período de redefinição de objectivos, por parte dos órgãos do Poder Local democraticamente eleitos e a uma componente de expectativa por parte das Direcções-Gerais e Ministérios no que diz respeito à definição clara das áreas de intervenção.
  É neste clima que a comparticipação da 2ª fase dos arruamentos vai sendo protelada, apesar dos contactos que são desenvolvidos com vista à obtenção da necessária verba para continuidade dos trabalhos.
  A Casa do Concelho de Góis atravessa um período menos bom, e muitas são as vezes em que não se podem realizar reuniões ou se ficam por uma conversa na leitaria da zona.
  Os jovens cadafazenses, membros da 2ª geração de oriundos da aldeia, vão sofrer as consequência da ausência de uma política coerente de desenvolvimento e à medida que constituem família são empurrados para a periferia de Lisboa, perdendo no essencial os contactos com a sua comunidade e encontrando outras solicitações e outras formas de participação na vida social, que resultaram das transformações operadas com o 25 de Abril - partidos políticos, sindicatos, comissões de trabalhadores, comissões de pais, autarcas.
  A divulgação das actividades da colectividade é negativa e manifestamente influenciada pela dispersão geográfica, pelo agravar dos custos das comunicações e pela manutenção de quotas em valores que a inflação tornou ridículos.
  A União, promove em Cadafaz a realização do almoço de convívio das Colectividades da Freguesia de Cadafaz, iniciativa que se desejava fosse organizada rotativamente por todas as colectividades, mas que apenas é seguida pela Comissão de Melhoramento da Cabreira no ano seguinte.


União Recreativa do Cadafaz, 25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987, Lisboa, 1987

sábado, 23 de fevereiro de 2013

25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987

1976 -1978

  Natural portanto que venha a ser o Engº Armindo Simões Nunes eleito para a presidência, dados os seus antecedentes associativos e o facto da sua qualidade de técnico dar garantias de um competente acompanhamento das obras de Beneficiação de Arruamento de Cadafaz.
  O processo veio a conhecer a sua fase derradeira como início dos trabalhos a decorrer em simultâneo com a renovação da Rede de Abastecimento de Água à povoação.

  As realizações de carácter tradicional, piquenique e almoço são mantidos, mas o entusiasmo dos cadafazenses vai arrefecendo, assistindo-se a um decréscimo de participação, a Secção Juvenil vê integrados nos Corpos Gerentes os seus elementos mais activos e perde capacidade de iniciativa, a Comissão de Dinamização Recreativa e Desportiva em Cadafaz que havia tido um bom conjunto de iniciativas, nomeadamente a construção de um Campo de Jogos, desagrega-se, a intensa vida profissional do presidente da direcção faz com que a actividade fique centrada nas obras dos arruamentos.


União Recreativa do Cadafaz, 25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987, Lisboa, 1987

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987

  1972 – 1975

 É num clima de grande entusiasmo, que em 1972 o associado António Baptista de Almeida assume a presidência, integrado num elenco directivo mais jovem, em que a possível falta de experiência no movimento regionalista, foi largamente compensada pelo entusiasmo e capacidade de iniciativa de quem deram mostras.
  Porém, cedo esta direcção se deparou com o primeiro revés; no cumprimento do serviço militar, o vice-presidente Armindo de Almeida Alves vem a ser vítima de um trágico e fatal acidente. A dedicação à colectividade, o conhecimento que detinha sobre os assuntos, aliados à sua juventude e inteligência tornavam-no um elemento preponderante na vida da União à qual estava ligado desde a fundação.
  O jovem Vitor Manuel Pimenta Gaspar, ocupa a vice-presidência e tem a tarefa de enquadrar os jovens do Cadafaz nos objectivos da colectividade.
  Em 1973 a juventude está organizada na Secção Juvenil e com a irreverência própria dos jovens vai promover actividades inéditas na tradição do movimento regionalista: o teatro, cinema, actividades desportivas (xadrez, damas, futebol, andebol e campismo) e avança na publicação de um Boletim Informativo – UNIDADE –, onde naturalmente proporcionam alguma polémica, pois os seus promotores eram jovens e alguns leitores menos sensíveis à compreensão destes fenómenos de conflitos de gerações.
  São os jovens da Secção Juvenil que na Casa da Comarca de Arganil promoveram reuniões entre as comissões de juventude das colectividades (Cadafaz, Colmeal, Cortes, Porto Castanheiro, Monte frio, Ribeira Celavisa, Roda Fundeira) com o objectivo de criar um órgão colegial que na altura se chegou a pensar ser a União da Juventude da Comarca de Arganil, estrutura que nunca viria a encontrar forma de materializar os seus objectivos mas que permitiu uma troca de experiências e nalguns casos de colaboração inter-colectividades que se revelaram positivas.
  Ao mesmo tempo a direcção reorganizava e modernizava todo o sistema administrativo e dava passos significativos no processo dos arruamentos.
  Promoveram-se obras tendentes a servir de apoio à realização do piquenique na Boiça, em Cadafaz.
  O 25 de Abril de 1974, e as transformações sociais e políticas que são operadas no país, criam um clima de euforia e de grande participação popular em todos os órgãos colectivos, manifestação que se reflecte também na União e no Cadafaz.


  No Cadafaz vem ser constituída uma Comissão de Moradores e por iniciativa dos mais jovens um movimento visando uma actividade promotora de acções desportivas e culturais. Este movimento nasce fora da área de intervenção da colectividade, no entanto a vontade de manter unidos os cadafazenses permitiu a sua integração nos órgãos da União sob a designação de Comissão de Dinamização Recreativa e Desportiva.
  O velho sonho dos cadafazenses e da colectividade da criação de uma Casa de Recreio vem a concretizar-se com a aquisição pela União da antiga Escola Primária de Cadafaz.
  Assiste-se a uma dinâmica extraordinária e a um grande incremento da actividade associativa; em Lisboa e Cadafaz o ritmo das realizações é intenso. A Casa de Recreio é equipada com uma aparelhagem, televisão, mesas, cadeiras, jogos.
  Os piqueniques, almoços e excursões contam sempre com elevada participação, resultado deste estado de espírito e também da melhoria significativa do poder económico das populações, face aos aumentos dos salários e das reformas.
  A União vem a suportar a comparticipação dos trabalhos de reforço do sistema de iluminação pública, processo que a colectividade havia desencadeado junto dos órgãos competentes.
  Criam-se novos objectivos: beneficiação da Casa de Recreio, acessos ao Moinho Eléctrico, alargamento do largo de Stº António.
  O desencadear das acções tendentes à beneficiação das instalações da Casa de Recreio, nomeadamente a construção de balneários, vem a estar na base de algumas incompreensões das quais resultou o afastamento dos órgãos sociais da colectividade do Sr. António Baptista de Almeida.
  O projecto de beneficiação de arruamentos de Cadafaz entretanto aprovado e comparticipado pela Administração Central e posta a Concurso Público a respectiva empreitada, coloca a necessidade de garantir a continuidade do trabalho, e de encontrar nova equipa directiva, face à recusa do seu presidente em assumir mais mandatos.

Acampamento na Boiça - Secção Juvenil

União Recreativa do Cadafaz, 25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987, Lisboa, 1987

sábado, 2 de fevereiro de 2013

25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987

 1970 -1971

  A continuidade directiva é garantida com a eleição de Guilherme dos Santos Simões Vicente para a presidência da colectividade. O facto de desde há alguns anos vir a desempenhar as funções de vice-presidente aliado ao grande bairrismo e dedicação deste cadafazense permitem avançar na concretização dos objectivos da colectividade: o moinho eléctrico e o processo de Beneficiação e Reparação de Arruamentos em Cadafaz.
  Portugal está num processo de alterações políticas, resultantes da morte do Prof. Oliveira Salazar e nomeação do Prof. Marcelo Caetano para Presidente do Conselho. O facto deste, ser oriundo da nossa região, ligado familiarmente ao Concelho de Góis, criou a esperança de melhores dias para as populações esquecidas da Beira-Serra. Mas as dificuldades continuaram, as obras continuaram a primar pela ausência, talvez os jogos de influências e conhecimentos tenham melhorado um pouco, talvez a obra dos arruamentos beneficie desta situação.
  A construção do moinho eléctrico vai avançar, mas pelo caminho ainda ficam reflexos das limitações políticas que se colocam às colectividades, pois chega a ter uma Assembleia Geral para se proceder a alterações aos Estatutos, pois os que vigoravam, foram pretexto para o Governo impedir a acção de carácter social, e vão manter-se durante muitos anos situações complicadas, como a titularidade do próprio património construído e instalado.
  Os jovens, sobretudo os filhos dos Corpos Gerentes, contagiados com o contacto que iam tendo dos assuntos da União, esboçavam vontade em participar nos destinos da colectividade.







União Recreativa do Cadafaz, 25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987, Lisboa, 1987